Auditoria de PIS e COFINS: proteja e otimize seus créditos fiscais e retorne somente o resultado.

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Auditoria de PIS e COFINS: como proteger seu negócio e otimizar seus créditos tributários

Entendendo a importância da conformidade nas contribuições para o PIS e a COFINS

As contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) são tributos federais que incidem sobre o faturamento das empresas. Estão entre os tributos mais complexos do sistema tributário brasileiro e, por isso, frequentemente geram dúvidas para empreendedores e advogados que atuam com direito tributário ou empresarial.

A correta apuração dessas contribuições é essencial não apenas para se evitar autuações e multas, mas também para garantir o aproveitamento adequado de créditos fiscais e otimizar a carga tributária da empresa com segurança jurídica.

Neste artigo, exploramos os principais pontos da auditoria de PIS e COFINS sob o ponto de vista contábil e jurídico, apontando obrigações, riscos envolvidos e oportunidades tributárias que interessam diretamente aos empresários e profissionais do Direito.

Regimes de apuração: cumulativo vs. não cumulativo

A base da correta apuração do PIS e da COFINS passa pela definição adequada do regime tributário adotado pela empresa. A legislação prevê dois modelos principais: o regime cumulativo e o não cumulativo.

Regime cumulativo

Empresas optantes pelo Lucro Presumido ou pelo Simples Nacional geralmente adotam o regime cumulativo. Nele, as alíquotas são de 0,65% para o PIS e 3% para a COFINS, e não é permitido o desconto de créditos fiscais relativos às aquisições de bens e serviços.

Como resultado, sua carga tributária incide de forma simples sobre a receita bruta da empresa, sem possibilidade de compensação. A estrutura é mais simplificada, mas pode ser onerosa para empresas com alto volume de insumos e despesas.

Regime não cumulativo

Já as empresas que apuram seus tributos com base no Lucro Real estão sujeitas ao regime não cumulativo. Nesse modelo, as alíquotas são maiores: 1,65% para o PIS e 7,6% para a COFINS, totalizando 9,25% sobre a receita bruta.

Entretanto, há a possibilidade de apuração de créditos sobre determinadas despesas e custos, conforme descritos na Lei nº 10.637/2002 (PIS) e na Lei nº 10.833/2003 (COFINS), como os relacionados à aquisição de bens para revenda, insumos utilizados na produção, energia elétrica consumida e aluguéis de imóveis utilizados nas atividades da empresa.

A correta identificação e contabilização desses créditos pode gerar economia tributária significativa — mas exige atenção técnica e detalhada.

O papel da auditoria de PIS e COFINS na gestão tributária

Auditar os procedimentos de apuração do PIS e do COFINS é uma medida preventiva imprescindível não apenas para ajustar o compliance fiscal, mas também para identificar oportunidades tributárias legais que muitas vezes passam despercebidas pela contabilidade tradicional.

Conformidade fiscal

Relatórios de auditoria visam assegurar que a base de cálculo das contribuições esteja correta, que os lançamentos contábeis estejam em conformidade com as normas da Receita Federal, e que os créditos estejam sendo devidamente aproveitados conforme a legislação vigente.

A não conformidade pode acarretar penalidades pesadas, incluindo multas de até 75% do valor do crédito indevidamente aproveitado ou da contribuição subestimada, conforme dispõe o artigo 44 da Lei nº 9.430/1996. Esse percentual pode chegar a 150% em casos considerados como fraude.

Recuperação de créditos

Uma auditoria bem conduzida também pode revelar valores significativos a serem recuperados de períodos anteriores, quando a empresa deixou de aproveitar créditos a que tinha direito ou efetuou pagamentos a maior.

Para isso, é necessário revisar documentos fiscais, analisar a correta classificação de despesas, verificar tributos pagos indevidamente ou a maior e conduzir processos administrativos de restituição ou compensação, nos termos do artigo 74 da Lei nº 9.430/1996.

Análise de natureza das receitas

A natureza da receita influencia diretamente na exigibilidade das contribuições. Determinadas receitas são isentas ou não alcançadas pelo PIS e COFINS, como, por exemplo, as decorrentes de exportações e algumas subvenções para investimento.

Ainda, o conceito de receita bruta comporta debates — como demonstrado em decisões do STF, como no julgamento do RE 574.706, que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS. A correta segregação dessas parcelas é fundamental para evitar pagamento indevido e potenciais autuações.

Aspectos legais relevantes na apuração do PIS e da COFINS

Para os profissionais do Direito, acompanhar os fundamentos legais da apuração e do aproveitamento dos créditos é essencial.

Legalidade e tipicidade cerrada

Por se tratar de tributos, o PIS e a COFINS submetem-se ao princípio da legalidade tributária (art. 150, I da Constituição Federal): só pode ser exigida contribuição criada por lei e nos termos que a lei definir.

Esse contexto reforça a importância de o profissional do Direito estar atento à forma como a empresa trata as receitas e despesas, uma vez que a criação de hipóteses de creditamento ou exclusão da base de cálculo deve estar fundamentada em dispositivo legal claro.

Natureza de insumos e jurisprudência do STJ

Outro ponto relevante diz respeito à definição de “insumos” no regime não cumulativo. Em 2018, o Superior Tribunal de Justiça, no Recurso Especial nº 1.221.170/PR (tema 779), firmou entendimento de que devem ser considerados insumos todos os bens e serviços essenciais e relevantes para o desempenho da atividade da empresa.

Esse conceito, mais amplo que o adotado administrativamente pela Receita Federal (Instrução Normativa 247/2002), possibilita uma flexibilização na apuração dos créditos. Todavia, exige análise individualizada e fundamentação robusta para sustentar essa interpretação caso haja questionamento fiscal.

Segurança jurídica e planejamento tributário

O conhecimento profundo da legislação permite também a realização de planejamentos tributários que reduzam legalmente a carga tributária da empresa, sempre com respaldo nas normas em vigor e observando os limites da elisão fiscal.

A blindagem tributária, por meio de documentação comprobatória e parecer jurídico, traz segurança tanto para o empresário quanto para os advogados que assessoram os negócios, evitando riscos desnecessários e aproveitando a legislação de forma estratégica.

Consequências da má gestão do PIS e COFINS

Empresas que negligenciam a correta sistematização das informações de PIS e COFINS podem enfrentar sérias consequências.

Autuações e penalidades

As autuações fiscais relacionadas a essas contribuições são elevadas tanto em número como em valores, sobretudo quando envolvem crédito indevidamente apropriado no regime não cumulativo ou omissões na base de cálculo no regime cumulativo.

A Receita Federal, amparada pelos artigos 44 e 44-A da Lei nº 9.430/96, pode aplicar multas qualificadas, além de juros e exigência retroativa de valores corrigidos pela Taxa Selic.

Comprometimento da imagem e do caixa

Além do impacto financeiro imediato, as autuações e processos fiscais geram incertezas para investidores, dificultam o acesso a crédito e minam a reputação da empresa perante o mercado e o fisco.

Isso reforça o papel crucial da auditoria contábil e jurídica preventiva como ferramenta de gestão de riscos.

Benefícios da auditoria e do acompanhamento jurídico contínuo

Ao investir na auditoria de PIS e COFINS, a empresa não está apenas cumprindo obrigações legais — está adotando uma postura proativa de proteção patrimonial e estratégica fiscal.

Além de evitar contingências, a auditoria contínua possibilita:

Aproveitamento de créditos legítimos

A identificação precisa de possibilidades de crédito pode resultar na compensação de tributos, recuperação de valores e significativa economia.

Agilidade em processos administrativos e judiciais

Quando um passivo é corretamente documentado com análises técnicas e pareceres jurídicos, a condução de defesas em auto de infração ou pedidos de restituição ganha solidez e maiores chances de sucesso.

Maior previsibilidade financeira

O controle adequado da apuração evita surpresas fiscais desagradáveis e permite uma gestão mais eficiente do fluxo de caixa da empresa.

Considerações finais

Para advogados e empreendedores, a compreensão técnica e jurídica do PIS e da COFINS transcende a questão da mera conformidade. Está diretamente ligada à viabilidade financeira, à integridade do negócio e à exploração sustentável de benefícios legais.

O apoio de profissionais especializados em Direito Tributário e Contabilidade é essencial para garantir o compliance fiscal, reduzir riscos de autuação e, sobretudo, transformar a complexidade tributária em vantagem competitiva.

Investir em auditoria de PIS e COFINS é, portanto, não apenas recomendável — é uma medida estratégica para empresas que crescem com responsabilidade e inteligência fiscal.

Insights finais para profissionais do Direito e empreendedores

Empresas que tratam o PIS e COFINS apenas como obrigações acessórias correm sério risco de estarem perdendo patrimônio por desconhecimento das normas e oportunidades.

Já aquelas que dedicam atenção especializada ao tema reduzem sua carga tributária sem ultrapassar os limites legais, evitando multas e fortalecendo sua posição no mercado.

Entender o PIS e a COFINS vai muito além de saber a alíquota aplicável. É compreender cenários, regimes, conceitos jurídicos, jurisprudência e estratégias para, com segurança, garantir o cumprimento da lei e utilizar os mecanismos tributários em favor do negócio.

Perguntas e respostas comuns sobre o tema

1. É possível recuperar valores pagos indevidamente de PIS e COFINS?

Sim. Valores pagos a maior ou indevidamente podem ser ressarcidos via compensação ou pedidos de restituição junto à Receita Federal, conforme o artigo 74 da Lei nº 9.430/1996.

2. Minha empresa no Lucro Real pode considerar gastos de marketing como insumo?

Depende. Há controvérsia. Após o julgamento do STJ no REsp 1.221.170/PR, itens essenciais e relevantes podem ser considerados insumos. Caberá análise concreta da importância do marketing na atividade da empresa.

3. O que acontece se eu aproveitar crédito de forma indevida nas contribuições?

A Receita Federal pode aplicar multa de 75% (ou mais) sobre o valor indevido, além de juros e exigência da devolução com correção.

4. O regime de PIS e COFINS pode ser alterado pela empresa?

O regime depende do regime de apuração do IRPJ. Empresas no Lucro Real devem seguir o regime não cumulativo. Empresas no Lucro Presumido seguem o regime cumulativo.

5. O que caracteriza um crédito legítimo para fins de PIS e COFINS?

Créditos só são legítimos se autorizados em lei e relacionados a bens e serviços considerados essenciais e relevantes para a atividade econômica principal da empresa, de acordo com a legislação atual e interpretação jurisprudencial.

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Este artigo teve a curadoria do time da IURE Digital e foi escrito utilizando inteligência artificial a partir de seu conteúdo original em https://www.contabeis.com.br/noticias/71851/auditoria-de-pis-e-cofins-como-evitar-erros-e-autuacoes/.

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